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Governo já criou task force de cientistas comportamentais

Wednesday, March 24, 2021 - 10:37
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Expresso

António Costa pediu, no mês passado, a criação de um grupo de trabalho composto por cientistas comportamentais para que a mensagem à população seja eficaz, e Marta Temido já assinou o despacho que dá luz verde à nova task force. Os membros não serão remunerados e vão assessorar o Governo até ao final deste ano.

O Governo já criou a task force, composta por cientistas comportamentais, para que a mensagem à população sobre as medidas a adotar em contexto de pandemia seja eficaz. O despacho a que o "Público" teve acesso, e assinado pela ministra da Saúde, Marta Temido, confirma a criação desta equipa que foi, aliás, pedida por António Costa já em fevereiro, depois de uma das reuniões com o Infarmed, tal como o Expresso avançou na altura.

Para já, sabe-se que os membros da equipa não serão remunerados e, segundo o despacho de remuneração, os cientistas comportamentais vão assessorar o Governo até ao final deste ano, fazendo estudos e apresentando documentos. Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde vão apoiar o grupo técnico e a ligação com o Governo será feita através de Tiago Antunes, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro.

De acordo com o "Público", integram a lista sete pessoas: António Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão, Cristina Godinho e Rui Gaspar, ambos da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, Duarte Sequeira, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Miguel Arriaga, da Direção-Geral da Saúde, Osvaldo Santos, do Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Faculdade de Medicina de Lisboa, e Marta Moreira Marques, do Trinity Centre for Pratice and Healthcare Innovation.

Esta task force surgiu na sequência da reunião no Infarmed, a última que contou com a presença do epidemiologista Manuel Carmo Gomes e, na altura, fonte próxima do Governo adiantou ao Expresso que António Costa ficou com uma dúvida: "O encerramento das escolas acelerou a redução de casos por efeito mecânico da redução da mobilidade ou porque as pessoas só perceberam a gravidade da situação com essa medida?". Seria, por isso, necessário acrescentar a "variável comportamental" às estratégias do Governo.

Já no despacho assinado por Marta Temido é referido que um dos objetivos é que as pessoas mantenham os "comportamentos recomendados como mais eficazes em cada momento e contexto social, na resposta à pandemia e nos momentos que a ela se sucederão". As "mudanças comportamentais apenas poderão ser alcançáveis com a aplicação estruturada da ciência comportamental", através da qual é possível "identificar, explicar, prever e intervir sobre comportamentos".

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