Com Donald Trump de volta à Casa Branca, intensifica-se a “retrotopia”, a ideia de “voltar a um passado grandioso”. E tal “não é exclusivo dos Estados Unidos”, defende Nelson Ribeiro, diretor da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica. Em entrevista ao Expresso, o especialista em Media e Propaganda não perspetiva qualquer “inflexão” na tendência da “viragem autocrática” dos últimos anos
A uma semana da tomada de posse de Donald Trump para um segundo mandato na Casa Branca, o diretor da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, Nelson Ribeiro, destaca o caráter “camaleónico” do Presidente eleito dos Estados Unidos. Neste regresso, Trump tem em Elon Musk um aliado de peso. “Não sei se aquela relação vai durar muito tempo ou não, mas, no imediato, parece haver ali uma grande sintonia”, diz.
Em entrevista prospetiva sobre o novo ano, o especialista em Media e Propaganda fala ainda das rimas históricas com tempos sombrios, de redes de desinformação montadas de forma “muito profissional” e do esboroamento da qualidade do debate público.
O novo ano arranca com a tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos, daqui a uma semana. Há quem defenda que está mais moderado, outros dizem que se radicalizou ainda mais. Que diferenças consegue antecipar para um segundo mandato de Trump face ao primeiro?
Não vejo grandes diferenças. Dentro de um determinado padrão, há sempre ali uma espécie de camaleão. A sua posição sobre certos assuntos vai mudando ao sabor dos acontecimentos e sobretudo ao sabor do que considera que num determinado momento vai trazer mais votos.
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