No Dia Nacional da Sustentabilidade, a coordenadora do Programa Mestrado em Psicologia e Sustentabilidade Ambiental da Faculdade de Ciências Humanas, Augusta Gaspar, explica a razão para a existência deste curso. Além disso, faz um balanço do que já foi feito para promover a sustentabilidade e reflete sobre o caminho que ainda há para percorrer.
Qual a importância de haver um mestrado em Psicologia e Sustentabilidade Ambiental?
Este mestrado é uma missão, para mim, para todo o corpo docente e para os alunos, que entraram altamente motivados para contribuir para a mitigação da crise ambiental. Parece uma ideia muito ambiciosa, mas a verdade é que se chegámos à emergência climática com o contributo da atividade de mil milhões de pessoas, é também pessoa a pessoa, com o contributo de cada um, que vamos ter de a travar. Precisamos de pessoas com conhecimento e determinação. Como no fundo, inclusive os grandes movimentos sociais, partem da pessoa individual, da sua perceção dos problemas, da sua motivação para mudar de comportamento, da sua capacidade e meios ou oportunidades para mudar, a Psicologia é fundamental para ajudar a compreender e a mudar a perceção e a motivação do indivíduo, muitas vezes para o ajudar a encontrar os meios e para mobilizar do mesmo modo grupos. O nosso mote é mesmo que todas as pessoas têm um papel a desempenhar se queremos salvar o nosso planeta.
Os alunos que o frequentam são profissionais de diferentes áreas que estão a aprender conceitos da Psicologia que poderão ser aplicados em diversas áreas de atuação profissional no sentido de promover, a nível individual, comportamento pro-ambiental, e a nível societal, mudanças de práticas, em grupos, organizações e políticas. Os alunos têm também contacto com informação sobre situações específicas da crise ambiental, projetos e práticas, pois esse conhecimento científico interdisciplinar é fundamental.
Entrevista completa aqui.