A incapacidade de gerar um filho biológico afeta mais de 10% dos casais portugueses, ameaçando a concretização do objetivo da parentalidade. Aos stressores associados ao diagnóstico de infertilidade (e.g., desafios à identidade, perceção de incompetência, sentimento de perda de controlo), juntam-se, frequentemente, os stressores resultantes da realização de tratamentos de reprodução medicamente assistida, potencialmente demorados, invasivos e imprevisíveis. Consequentemente, a relação conjugal pode ser prejudicada. Abordaremos a intervenção psicológica focada no sofrimento relacionado com a infertilidade que, além de promover a adaptação psicológica dos casais, pode potenciar a ocorrência de gravidez.