Análise de dados, marketing digital, gestão, engenharias e ambiente são as áreas do ensino superior mais procuradas pelas grandes empresas nacionais e europeias. Há mesmo uma escassez de candidatos. Os estudantes que se envolvem nos clubes de alunos têm mais êxito e recebem propostas de emprego logo no primeiro ano.

Diogo Martins, de 19 anos, também pensou fazer engenharia. "Trabalhei durante o secundário para entrar em Engenharia Aeroespacial, um curso com média de 19,05 valores no Instituto Superior Técnico. Confesso que sonhava com a ida ao espaço", conta. Mas quando conseguiu, abandonou o curso a meio do segundo semestre. "Não gostei das cadeiras, não me senti bem na instituição." Confuso, realizou testes psicotécnicos e sem ter grandes certezas inscreveu-se no curso novo da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, Filosofia, Política e Economia. "Os alunos estão numa idade em que não se querem comprometer com uma área e este curso abre o leque no mercado de trabalho", defende Joana Carneiro Pinto, coordenadora do gabinete de carreiras da faculdade. As saídas profissionais incluem carreira diplomática, banca e consultoria. Para Diogo Martins é o curso ideal. "O curso é abrangente e dá oportunidade para ir percebendo do que gosto mais e depois [posso] especializar-me no mestrado." 

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