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Rita Figueiras: "Singularidades de uma eleição tropical"

Terça-feira, Setembro 20, 2022 - 11:59
Publicação
Público

Pela primeira vez na história do Brasil e do mundo democrático actual, um incumbente e um ex-Presidente enfrentam-se numa mesma eleição (só há registo de algo semelhante numa eleição presidencial norte-americana em 1892). Lula e Bolsonaro arrancaram para a disputa com níveis de notoriedade ímpares e nenhum dos dois precisou da campanha para se dar a conhecer. Bem pelo contrário, a sua luta foi outra: diminuir a própria taxa de reprovação e aumentar a do oponente, o que, no contexto da polarização afectiva que tumultua o país, os colocou num duelo de rejeições sem precedentes.

Para Lula, a eleição a duas voltas equivale a duas oportunidades para uma vitória. Mas, para conseguir ganhar já a 2 de Outubro, precisa que as intenções de voto em Bolsonaro se aproximem perigosamente das suas. Só assim poderá activar os piores medos em torno da reeleição do incumbente ao apelar ao voto estratégico dos eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet.

Nota: Pode ler o artigo na íntegra na edição impressa do Público de 19 de fevereiro de 2022.