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Propaganda: Arma de Guerra

Sexta-feira, Fevereiro 10, 2023 - 12:30
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Visão

O livro obrigatório na mesinha de cabeceira de qualquer aspirante político (seja a presidente de junta ou a líder de um Estado totalitário) é A Arte da Guerra, do general chinês Sun Tzu. Foi escrito há 2 500 anos, mas ainda é ali que vamos buscar o essencial que nos pode conduzir à vitória, pois o básico da condição humana permanece. A primeira regra da propaganda em tempo de guerra encontra-se na frase “Conhece o teu inimigo e conhece-te a ti mesmo”.

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“Hoje, olhamos para alguma propaganda da II Guerra Mundial e pensamos: ‘Como é possível isto ter enganado alguém?’ Hoje em dia, temos outros códigos para descodificar estas mensagens, mas a propaganda vai-se reinventando com novas roupagens”, avisa Nelson Ribeiro, diretor da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica, doutorado em Media and Cultural Studies pela Universidade de Lincoln. Não sejamos, no entanto, condescendentes. Continuamos a ser “enganados”, até pela dificuldade acrescida da velocidade a que tudo acontece. É que, reforça, “os mitos e as narrativas sobre o inimigo não são assim tão diferentes”

Mas o que não aconteceu com os portugueses na I Guerra Mundial e aconteceu com os alemães na II ou com os russos agora na Ucrânia é que a propaganda estava bem entranhada. Porque as estratégias da propaganda são “tão mais eficazes quanto mais endémicas se tornam”. Nelson Ribeiro explica melhor: “A máquina de Putin não começou em fevereiro de 2022, há muito que os ucranianos eram associados aos nazis; como a campanha dos alemães contra os judeus havia começado muito tempo antes do extermínio. É mais fácil ativar ideias quando as mesmas já lá estão.”

Artigo completo disponível na Visão, edição de 9 de fevereiro