Com o objectivo de “promover o combate à desinformação e à divulgação de conteúdos falsos”, acaba de ser aprovado o Plano Nacional de Literacia Mediática. Para já, sabe-se que é dirigido principalmente às populações em idade escolar e que visa igualmente sensibilizar para a credibilidade da informação e do trabalho jornalístico.

Esta é uma boa notícia e espera-se que a medida não caia com o Governo. Programas de literacia mediática são imprescindíveis. Convém, no entanto, realçar que, para ele cumprir a sua missão, é preciso que o público-alvo do plano consiga desenvolver a capacidade de identificar o mau trabalho (sensacionalista, faccioso ou mentiroso) sem contaminar a avaliação do jornalismo como um todo, ou seja, sem pôr em causa o seu papel de instituição basilar da democracia: escrutinador do poder, fórum de debate cívico e fonte de informação com autoridade.

Nota: Pode ler o conteúdo na íntegra na edição impressa do Público de 13 de novembro de 2023.