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Nos últimos três anos, a vida de Alexandre Neves foi muito mais do que a faculdade. Terminou, no passado ano letivo, a licenciatura de Comunicação Social e Cultural da Universidade Católica Portuguesa - com média de 17,9. Durante o curso, fez dois estágios de verão, escreveu para o jornal universitário Pontivírgula (artigos de opinião, mas também fez notícias e reportagens), colaborou com o jornal digital dedicado à religião Sete Margens e, no 3.º ano, ainda integrou a associação anticorrupção Al4Integrity - onde, além de ser vogal da direção, foi também diretor de um programa que faz ponte com as escolas, o RedEscolas AntiCorrupção. "O que nós fazemos é criar um roteiro pedagógico para os professores apresentarem. Eu tratava dos contactos com as escolas, com os parceiros da imprensa, geria uma equipa de sete pessoas. Foi uma maratona o último ano da licenciatura", diz o estudante de 21 anos.
Ainda teve tempo para fazer Erasmus em Utrecht, nos Países Baixos, no primeiro semestre do 3.º ano, e para se candidatar a uma bolsa da Gulbenkian de Novos Talentos - que ganhou, e lhe permitiu ir a Roma participar numa escola de verão sobre fake news. Não tem dúvidas de que todas estas atividades lhe deram algo que não se aprende na escola. "Exigiam ter uma rotina e gerir muito bem o meu tempo e também me ensinaram a lidar com conflitos, com pessoas diferentes e difíceis, a começar algo do zero e pedir orçamentos", detalha. Também o motivavam para o estudo, porque funcionavam como um escape das obrigações universitárias. Na verdade, existem mesmo benefícios em conjugar este tipo de experiências com o percurso escolar.
Nota: Pode ler o conteúdo na íntegra na edição impressa da Revista Sábado de 14 de setembro de 2023.