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FCH: Novas dinâmicas

Sexta-feira, Outubro 30, 2020 - 10:06
Publicação
Executive Digest

O ensino à distância é eficaz sobretudo quando se fala de cursos cuja dimensão das turmas permite que haja um bom nível de interacção entre formandos e docentes. «O feedback que temos tido é muito positivo, sobretudo pela rápida adaptação de todos os professores e das estruturas da faculdade.

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Os nossos alunos compreendem, aliás, que esta é uma boa fase para adquirirem mais competências, algumas também relacionadas com a gestão da actual situação de pandemia nas suas áreas de actividade. Contudo, é também claro que, sendo esta uma situação que funciona numa conjuntura de emergência, não é algo que consideremos que pode vir a substituir o ensino presencial. Este feedback chega-nos também dos estudantes que não escondem pretender regressar ao campus assim que tal for possível sem colocar em causa a saúde da comunidade académica», explica Nelson Ribeiro, director da Faculdade de Ciências Humanas (FCH) da Universidade Católica Portuguesa.

Desde o encerramento do campus a oferta formativa foi substituída por ensino à distância através do recurso a diversas plataformas online e com o reforço dos materiais disponíveis para os alunos através da biblioteca digital. Tal aplicou- -se a todos os níveis de formação, desde licenciaturas, doutoramentos, mestrados, pós-graduações e outros cursos de formação avançada.

As aulas passaram a decorrer através de videoconferência nas quais os alunos podem interagir com os professores, havendo também sessões dedicadas à análise de estudos de caso e à realização de projectos com o recurso a materiais disponíveis em diferentes serviços digitais. Foram também reajustados os métodos de avaliação em algumas unidades curriculares, sobretudo em licenciaturas, que são os cursos em que se verifica um maior número de exames. Nos outros níveis de formação a necessidade de ajuste da metodologia de avaliação foi menor dado que tendencialmente os alunos apresentam projectos e ensaios nos quais problematizam conceitos.

«A transição para o ensino à distância implica muito mais do que substituir a sala de aula no campus por uma sala virtual. Os professores têm, de adaptar os conteúdos, criar momentos de interacção diferentes daqueles que existiam anteriormente e repensar o modo como combinam momentos expositivos, com estudos de caso ou exercícios práticos. Do mesmo modo, a avaliação tem também de ser ajustada, garantindo-se que os alunos adquirem as competências definidas para cada unidade curricular », afirma Nelson Ribeiro.

O director da FCH acrescenta também que há sempre espaço para a inovação no modo como se ensina. Se há algo que a FCH procura fazer é implementar novas dinâmicas no funcionamento das aulas e potenciar o desenvolvimento de competências dos alunos. Todos os anos introduz, em várias das unidades curriculares, mudanças nas metodologias de ensino. O facto de estar agora a ensinar à distância trouxe também a necessidade de serem criativos nos modelos de ensino, mas essa é e tem de ser uma preocupação constante da faculdade. Aliás, a experiência que estão a viver agora vai levar a instituição a integrar ainda mais diversas metodologias online nas aulas presenciais quando estas puderem ter lugar no campus.

Há mais de 10 anos que a FCH oferece uma Licenciatura em Filosofia em regime de ensino a distância, sendo, aliás, a única licenciatura nesta área a ser oferecida online em Portugal. A licenciatura é completamente adaptável às circunstâncias pessoais e profissionais dos estudantes, dado que as aulas são leccionadas em regime de videoconferência e em horário pós-laboral. O aluno pode assim fazer uma melhor gestão do seu tempo de estudo, tendo ao seu dispor um tutor da licenciatura, o qual tem como função ajudar a resolver possíveis dúvidas a respeito do funcionamento da plataforma de ensino e acompanhar o progresso académico.

Nelson Ribeiro explica que o balanço que faz é muito positivo dado que se trata de um curso que é procurado sobretudo por licenciados que querem aprofundar a sua formação na área de humanidades, muitas das vezes procurando cruzar as suas formações de base, em áreas tão diferentes como a medicina, a gestão e a ciência política com a filosofia. Tal permite aos estudantes aplicar a reflexão filosófica aos contextos mais diversos em que exercem a sua actividade e ao modo como encaram as grandes questões éticas que se colocam à humanidade. A universidade tem ainda lançado algumas pós- -graduações em formato misto, que conjugam aulas presenciais com sessões online, o que é sempre ajustado todos os anos em função das áreas em que existe uma maior procura de formação.

Oferta formativa

«Neste momento estamos a afinar a oferta para o ano lectivo 2020/21 tendo em conta a actual crise sanitária, mas também a crise económica que se seguirá. Tal vai colocar novos desafios às empresas e organizações pelo que precisamos de garantir que as competências que os formandos vão adquirir são também adaptadas à realidade actual, quer seja nas áreas da comunicação, psicologia ou resposta social. Dentro das novas propostas, podemos destacar o Programa Avançado em Comunicação Organizacional (PACO) e as Formações Avançadas em Design de Serviços, Liderança e Desenvolvimento de Equipas Criativas, Mobile Marketing e Desenvolvimento de Apps, por exemplo», sublinha Nelson Ribeiro.

Dentro da nossa actual oferta da Escola de Pós-Graduação e Formação Avançada, existem diversos cursos especialmente adaptados para dotar os profissionais de competências essenciais para enfrentar os desafios actuais do mercado de trabalho e da sociedade. Foram lançadas recentemente as Pós-Graduações em Comunicação em Saúde Pública, em Gestão de Projectos de Cooperação para o Desenvolvimento bem como as Formações Avançadas em Gestão de Reputação e Comunicação de Crise e em Inteligência Emocional. Estes são alguns exemplos que serão certamente apostas para dar continuidade no próximo ano lectivo.

Tendo terminado há duas semanas a fase de early bird para candidaturas a mestrados e doutoramentos, o número de candidatos foi igual ao do ano passado o que é bastante positivo dada a actual conjuntura. «Tivemos uma ligeira quebra nos candidatos provenientes da América Latina mas está a ser compensada por um maior número de candidatos da América do Norte e Europa. Estamos agora expectantes relativamente aos resultados da 1.ª fase que está neste momento com as candidaturas abertas», explica Nelson Ribeiro.

A FCH tem colaborado com a Direcção-Geral de Saúde num projecto de comunicação no actual contexto de pandemia. Este projecto surgiu no âmbito da Pós- -Graduação em Comunicação em Saúde Pública, a qual abriu a 1.ª edição com um grupo de formandos muito qualificados e motivados para a área da comunicação em saúde. Perante a actual situação de pandemia, e a proliferação de informação falsa online sobre o COVID-19, os estudantes participaram na monitorização da desinformação que circula nos media sociais sobre a pandemia. «Para a FCH é uma colaboração importante porque sentimos que é um contributo que podemos dar e que pode ajudar a alertar para a gravidade do que a Organização Mundial de Saúde já classificou de epidemia de informação. Paralelamente, o coordenador executivo desta Pós-Graduação integra o Grupo de Trabalho – Percepção e Comunicação em Situação de Crise (GT-PCC) da Direcção-Geral de Saúde, estando a contribuir para a elaboração de relatórios que estão a ser produzidos no âmbito da actual pandemia», explica.

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