
Mudam-se os tempos, mudam-se as traduções? é o novo volume da coleção Estudos de Comunicação e Cultura/ Cognition and Translatability, editado sob a coordenação de Alexandra Lopes e Maria Lin Moniz.
Esta coleção de ensaios deve ser entendida como um gesto político, no sentido amplo da palavra, na medida em que procura discutir e problematizar os vínculos existentes entre tradução e (r)evolução ao longo do tempo. Se se aceitar a premissa de que as traduções, por mais discretas que sejam, introduzem sempre uma medida de novidade nas culturas, daí decorre que o seu impacto não é alheio à ideia de mudança, por vezes radical.
O livro integra treze ensaios redigidos por especialistas em Estudos de Tradução de diversas nacionalidades (portuguesa, brasileira, britânica e suíça), todos eles convidados a escrever em português europeu. Cada contributo examina o modo como, sob as mais diversas formas, a tradução implica um gesto transgressor – uma passagem [a salto?] entre línguas e mundividências.
Os treze ensaios estão subdivididos em quatro partes, subordinadas aos seguintes tópicos:
I. A tradução como estratégia conservadora;
II. O lugar da mulher e da sexualidade nas traduções durante o Estado Novo;
III. A literatura infantojuvenil em tradução;
IV. Os efeitos da Revolução de 25 de Abril de 1974 em traduções feitas nos anos 70.
Mudam-se os tempos, mudam-se as traduções? é uma publicação da Universidade Católica Editora.