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Robert Sherman: “Os Estados Unidos já não podem ser o polícia do mundo. Temos de agir em conjunto com nações que partilham os nossos interesses”

Sexta-feira, Novembro 3, 2023 - 17:24
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Professor na Universidade Católica e antigo embaixador norte-americano em Portugal, Robert A. Sherman considera que o mundo está menos seguro. Diz que os Estados Unidos não podem ser o polícia global, mesmo sendo mais assertivos, mas podem contar com quem tem interesses comuns e que as eleições de 2024 são importantes por causa disso mesmo.

Robert A. Sherman é professor na Universidade Católica e foi embaixador dos Estados Unidos em Portugal por três anos, até 2017, e é um observador da política externa norte-americana e do que se passa globalmente. Em entrevista, fala sobre o aumento da instabilidade no mundo, que não o surpreende, do papel que os Estados Unidos nele devem ter e da importância das eleições norte-americanas. Aborda as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, mas alerta para os conflitos que podem emergir enquanto o foco está colocado nestas regiões.

O mundo mudou muito desde 2017. Assistimos a uma relação mais conflituosa entre os Estados Unidos e a China, temos uma guerra na Ucrânia e, agora, outra no Médio Oriente. Esta instabilidade surpreendeu-o?

A verdade é que o mundo se tornou mais fraturado do que, provavelmente, em qualquer outro momento da minha vida. Dei uma palestra nos Estados Unidos em fevereiro deste ano e o tema que abordei foram os desafios de segurança em 2023, a guerra na Ucrânia, a China, entre outros, e, no final da palestra, perguntaram-me, se tivesse de prever onde seria o próximo conflito no mundo, onde eclodiria, e eu disse que pensava que teria de ser no Médio Oriente, que as circunstâncias ali estavam a exercer uma tremenda pressão sobre a estabilidade e que, embora eu não gostasse de pensar que pudesse irromper uma guerra, era o que previa. Assim, por um lado, estou triste que isso tenha acontecido, mas não estou surpreso.

 

Leia a entrevista completa aqui.